AULA 01
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AULA 1 - SENSIBILIZAÇÃO E REFLEXÃO ACERCA DA POLÍTICA INCLUSIVA
1.1. Introdução
A inclusão Escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (ou Transtornos do Espectro Autista) e altas habilidades/superdotação vem sendo um tema muito debatido nos últimos anos aqui no Brasil.
Esse movimento ganhou força com a Declaração de Salamanca de 1994 , que passou a preconizar uma educação para todos.
Assim, se você é professor de escola particular, deve estar se perguntando: o que você tem a ver com isso?
Pois bem, a educação especial, em uma perspectiva inclusiva, deve ocorrer em todos os sistemas de ensino, não só no ensino público. Vamos às explicações.
Atualmente, vivemos o paradigma da inclusão, mas ainda vemos em nossa sociedade vestígios dos paradigmas anteriores de exclusão e segregação. Você com certeza tem uma visão sobre as pessoas com deficiência baseada em um dos paradigmas apresentados a seguir.
Exclusão: no paradigma da exclusão todas as pessoas com deficiências ou doenças mentais eram banidas do convívio em sociedade e viviam em instituições que ficavam afastadas das grandes cidades. Isso fez com que até hoje as pessoas confundam deficiência e doença mental, por isso, atualmente, falamos em deficiência intelectual. Na idade média, as pessoas com deficiência eram acolhidas pela igreja e cuidadas por ela. A visão que se tinha é de o homem se constituía à imagem e semelhança de Deus, sendo, portanto, perfeito. Assim as pessoas que não eram perfeitas passavam a ser cuidadas pela igreja.
Segregação: No paradigma da segregação, começa a se permitir que as pessoas com deficiência tenham um convívio próximo às ditas normais. Nessa época, as pessoas com deficiência passam a frequentar as instituições especializadas e as classes especiais. A ideia é que a pessoa precisa se preparar para merecer estar entre os demais. Assim, aqueles que demonstravam bom ajuste nas classes especiais, podiam passar a frequentar a escola comum, mas precisavam se adaptar, pois não havia qualquer mudança no contexto para favorecer seu aprendizado. Nessa perspectiva, as pessoas precisavam ser “normalizadas” para fazerem parte da sociedade.
Inclusão: Esse é o paradigma atual e que embasa todas as políticas educacionais do Brasil e de boa parte do mundo. A inclusão pressupõe um ajuste do ambiente para receber a pessoa com deficiência. O foco é deslocado da pessoa para o ambiente, que precisa ser adaptado para que ela possa funcionar da melhor forma possível, mesmo tendo uma limitação. Nessa perspectiva, escolas, professores e a sociedade em geral, precisam criar condições para que as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação possam acessar todos os espaços com autonomia e tenham garantido o seu direito à educação.
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